A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Em Nossa Fraternidade de Umbanda as entidades trabalham com humildade, de forma serena, caritativa, gratuita e respeitando sempre o livre arbítrio; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.


Só nos sentiremos seguros, tranquilos e em paz se estivermos com Jesus, nos lembrando de seus ensinamentos e principalmente colocando-os em prática na nossa vida, no nosso dia a dia. Cristo nos ensinou o que é o amor vivenciado em sua plenitude, demonstrando o amor incondicional. Ainda somos espíritos imperfeitos e estamos longe de praticarmos o amor e a caridade como nosso Divino Mestre, porém, Ele nos deixou um guia para seguirmos, ou seja, deixou-nos o Evangelho com seus princípios de moral e amor. Enquanto não aprendermos a praticar os ensinamentos do Cristo haverá muita dor e sofrimento. O que nos impede de seguirmos verdadeiramente os exemplos de Jesus é o orgulho que ainda impera muitas vezes disfarçado. Sejamos humildes, buscando auxiliar, trazendo esperança àqueles que padecem de dores maiores do que as nossas. E mais: lembremo-nos de que todo aquele que busca aliviar a dor do próximo, na verdade está aliviando as próprias dores. Todo bem que fizermos ao próximo é a nós mesmos que estamos fazendo. Assim, vivamos com Jesus em nossas vidas e só teremos motivos para alegria e paz em nossos corações. Salve Umbanda de Jesus Cristo!


Irmãos da FUJC

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Linha dos Marinheiros

    
         E no vai vem das ondas do mar estão os Marinheiros, nos ensinando a manter o equilíbrio nos altos e baixos e vais e vens da vida.

        Algumas pessoas dentro da Umbanda interpretaram que o movimento cambaleante dos Marinheiros se dá por estarem bêbados, pois, os Marinheiros dessa terra para superarem a solidão e distância de suas famílias quando iam para o mar costumavam beber, mas dentro da Umbanda tudo é simbolismo e, se pensarmos, não faria muito sentido o nosso sagrado Pai Maior nos deixar sob a orientação de um espírito com vícios humanos para aprendermos a lidar com as nossas dificuldades, certo?

        O arquétipo dos Marinheiros vem para nos ensinar a lidar com aqueles altos e baixos da vida, uma linha que trabalha principalmente no equilíbrio de seus filhos, ordenando e equilibrando suas emoções para que seus filhos possam sair do ciclo de altos e baixos, trazendo o movimento ordenado de suas ondas e tempestades internas. São regidos pela água, pois a água é o maior simbolismo de nossas emoções, ou aprendemos a lidar com ela ou então nela nos afogaremos e perderemos o controle sobre elas, deixando o nosso barco a deriva, de forma que nossas emoções passem a nos conduzir e nos movimentar e fiquemos apenas como observadores de tudo o que acontece conosco.

        Nós não somos as nossas emoções e nem os conceitos aos quais nos prendemos, nós somos algo maior e mais valioso dentro de nós mesmos, uma pequena parte de Deus que a nós foi confiada. Os Marinheiros vêm para nos ajudar a não nos perdermos, sairmos do estado de deriva e submersão de forma que possamos fazer os ventos levarem nossos barcos a direção que desejamos e buscamos, pois somos donos de nossa história e muito mais do que uma situação que estamos vivenciando.

        Se hoje, há alguma situação em sua vida que está sempre nos altos e baixos, eleve seu pensamento a corrente dos Marinheiros e peça para que eles te mostrem como tirar seu barco da deriva, trazendo o equilíbrio diante das circunstâncias a consciência de que a ação é sua e tudo o que você precisa está dentro de você.

        Que ele possa te ensinar se equilibrar nos altos e baixos da vida, pois um dia um campo da nossa vida pode estar exatamente como queremos e no outro tomar um rumo oposto, não por que somos menos capazes do que ontem, ou menos merecedores, mas porque aquele campo precisou daquele movimento, porque precisamos daquele aprendizado, precisamos repensar, aprender a andar por outros caminhos, mas nosso propósito continua sendo o mesmo, apenas mudou o meio e nos trouxe um novo conhecimento uma nova ferramenta...

        Que o Marinheiro de cada um de nós possa nos abençoar e nos trazer a consciência de que somos plenos em nós mesmos, e a ação e resolução é nossa e apenas nossa!

        Que eles possam nos abençoar nessa grande busca por nós mesmos e nossos ideais!

        Que eles possam nos ajudar a manter o equilíbrio nas situações para que elas não venham a nos controlar!

        Que os sagrados Marinheiros possam nos ajudar a sair da nossa deriva interna e nos devolver o movimento ordenado do ponto em que precisamos!

        Que o sagrado povo do mar possa movimentar a nossa energia de forma que os ventos de nossa amada mãe Iansã nos leve a direção daquilo que buscamos para nós mesmos!

        Salve o Povo do Mar! Salve os Marinheiros!

        Fonte: Equipe UCJ
        
        

        
         Os marinheiros permitem aos médiuns, desenvolverem o equilíbrio emocional, entrar em contato com as emoções mais íntimas desbloqueando e liberando os excessos, os vícios. Também ensinam a capacidade de sentir as dores dos outros e com isso aprimoraram a flexibilidade nas relações interpessoais. Atuam enfeixados no Orixá Iemanjá e são "mestres" nas descargas energéticas, como as necessárias muitas vezes ao final dos trabalhos de uma sessão de caridade. Nas suas "danças" ritualizadas durante as manifestações mediúnicas, os marinheiros balançam, balançam, mas não caem. Trazem-nos o jogo de cintura auxiliando-nos a sermos menos rígidos.

         Por Norbeto Peixoto

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Caridade Sem Amor Não Passa de Vaidade





Era uma vez um médium antigo da Casa, que sempre chegava em cima da hora (e muitas vezes atrasado!) para qualquer trabalho espiritual, sempre com mil e uma desculpas do quão foi difícil chegar ao terreiro, de tudo que estava fazendo e interrompeu para ir ao trabalho mediúnico.

Ao encerrar a Gira, sempre saía com pressa, não podia nunca ajudar na limpeza, pois precisava atender a mãe que ficou sozinha, ou os filhos que precisavam dele, ou a esposa/marido que não entendia sua vida religiosa e reclamava sua ausência, ou um relatório profissional que precisava ser terminado para o dia seguinte.

Esse médium fazia muita questão de deixar bem claro o quanto sua vida era ocupada e cheia de afazeres e que abandonava tudo para vir ao terreiro fazer sua caridade incorporado de seus Guias.

E quando um irmão se apiedava de sua vida tão sacrificada em prol da Umbanda, ele respondia: "A Casa precisa de mim, tem poucos médiuns confirmados! Além disso, meus Guias precisam trabalhar para evoluir!"

E suas incorporações eram sofridas, difíceis e cansativas pois, segundo ele, seus Guias exigiam demais de seu corpo físico e usavam muito seu ectoplasma.

Muitas vezes, alegava dificuldades financeiras (que faziam parte da sua encarnação tão cheia de problemas) e acabava por não contribuir (ou apenas parcialmente) nas despesas do terreiro...

Esse personagem não é de ficção e existe na maioria dos Templos Umbandistas. E por ser antigo na Casa, acaba cristalizando esse comportamento e se viciando nesta conduta.

Conceitos que devem ficar bem claros para qualquer médium (antigo ou novo):

1. Nenhum médium é insubstituível - nem mesmo o sacerdote! O Templo não precisa do médium; o médium é quem precisa do Templo, como um local físico e espiritual para praticar a caridade através da incorporação!

2. A espiritualidade sabe muito bem quantos médiuns confirmados a Casa tem e quantos terão condição de comparecer à Gira daquele dia. Há todo um planejamento no Astral quanto aos Guias que darão consulta, aos consulentes que virão, por qual Guia serão atendidos e do tempo de duração geral do trabalho espiritual. Então não há UM médium essencial ao trabalho; um corpo mediúnico saudável, consciente e bem disposto é que é essencial!

3. O Guia não precisa do seu médium de incorporação para trabalhar! Ele é um trabalhador de Deus e tem MUITO trabalho a fazer sem precisar estar incorporado aqui em nossa dimensão material. Se o terreiro faz uma Gira de Caboclo a cada 3 meses, o coitado do caboclo trabalha dando consultas durante 2 ou 3 horas e se vê obrigado a ficar de "licença obrigatória" até a próxima oportunidade 3 meses depois?? A incorporação é um milésimo do trabalho geral na vida de um Guia!

4. O Guia não precisa do seu médium de incorporação para evoluir! É a presença (incorporada ou não) do Guia, dando conselhos e orientações, que ajuda o médium a evoluir. Nós somos as crianças que muito pouco ou nada sabemos - os Guias são os adultos, pais e mestres, que com amor e paciência nos orientam, guiam e protegem. E eles muito trabalham no Astral para conquistar sua evolução sem precisar de nós!

5. As incorporações sofridas, difíceis e cansativas não acontecem por culpa do Guia que exige demais do seu médium... são produto do ego do médium que se posiciona como vítima de sua mediunidade e precisa chamar a atenção de seu sacerdote, de seus irmãos de corrente, de seus familiares e de si mesmo de quanto ele é um mártir do trabalho mediúnico e da Umbanda. Porque incorporar é algo suave, sublime e reenergizador - a maior preocupação do Guia, após terminar qualquer trabalho mediúnico, é deixar seu médium melhor do que estava antes de começar.

6. Não contribuir (ou fazê-lo parcialmente) nas despesas, no caso deste médium, apenas reflete a personagem "médium vítima" que ele criou para si mesmo. Essa atitude é o reflexo do não contribuir espiritualmente para o Corpo Mediúnico, da não consciência da importância do Solo Sagrado em sua evolução, da inversão das prioridades em sua vida - porque é comum ver esse médium com roupas novas, comprando livros, fazendo cursos, gastando em gasolina, se alimentando na lanchonete do terreiro... então a situação financeira não está tão difícil assim, não é?

Não se pode acreditar que ser "mais velho" no terreiro ou na Umbanda faz o médium ser imune à prepotência, ignorância, paralisia, desequilíbrio e negatividade. Ao contrário, esse médium deve redobrar sua autovigilância, pois o tempo lhe conduz à famosa zona de conforto e acomodação, onde todas as paralisias são prejudiciais

Repense seus conceitos, reveja suas visões, recicle seus conhecimentos e procure domar seu ego que pode se transformar no seu maior inimigo na jornada evolutiva desta encarnação!


Por Fabiana Carvalho

domingo, 22 de junho de 2014

Cinco Motivos que Atrapalham sua Mediunidade


       

1. Soberba
         Acreditar que você é melhor que outras pessoas e ter como costume humilhar ou ridicularizar pessoas ou irmãos a sua volta, com certeza não é um sentimento que irá fortalecer seu caráter e sua mediunidade. Somos todos filhos do mesmo Deus, dos Sagrados Orixás, e por isso devemos sim acreditar em nosso potencial, mas não ao ponto de subjugar ou usar disso uma arma contra outras pessoas.
        
         2. Julgamento – “Atire a primeira pedra quem nunca pecou.”
         Julgar é fácil, e muitas vezes empolgante para alguns, mas de fato, o julgamento só faz com que você, o julgador, jogue para dentro de si um sentimento de superioridade que é nutrido pela ilusão. Saiba respeitar o diferente e o que você não conhece, respeite a forma de cada um cultuar a Deus ou a forma com que a pessoa conduz sua vida. Julgar as decisões da vida de alguém é infantil e inútil, pois você não está vivendo a vida da pessoa na pele dela, você de fato não sabe o que passa em seu íntimo, portanto o julgamento é falho e sem sentido. O julgador, com o tempo, cria em volta de si um denso campo energético, com uma energia de desconfiança para as pessoas que o olham.

         3. Fofocas e Intrigas
         Pequenas fofocas se tornam um hábito sujo que impregna seu campo mediúnico e seus chacras com energias de falsidade e hipocrisia. Tome cuidado com sua língua. Um bom médium de Umbanda é uma pessoa feliz, sincera, mas em todos os momentos cuida da sua vida e se algo tiver que ser dito, se dirige a pessoa diz para ela. Falar pelas costas, ou fazer fofocas, aumentar histórias para criar intrigas entre irmãos, familiares e amigos, só faz seu brilho interno diminuir, pois se você faz isso, algo está errado com sua vida, e com certeza você não presta atenção nem cuida da sua própria vida.

         4. Mentiras
         Mentir para muitos é um habito, e um atalho ou procedimento necessário para se viver nesse “mundão”, mas engana-se quem pensa assim, pois com pequenas mentiras do dia a dia ou em grandes mentiras, grandes histórias mirabolantes, com o tempo você começa a acreditar em suas próprias mentiras, e de certa forma sua vida começa a ser uma mentira, uma história contada mas sem qualquer tipo de realidade. Ser verdadeiro e realista com o mundo, é algo que devemos trabalhar dia após dia. Existe um ditado que diz que a verdade dói, mas a verdade dói para quem não quer viver na realidade, e com certeza essa frase foi criada por uma pessoa que não gostava de ouvir a verdade. A verdade é Divina, é um sentimento que nos fortalece como seres humanos e nos deixam íntegros para que possamos obter um contato sério e coerente com nossos guias, mestres e mentores.

         5. A culpa sempre é do outro.
         Assuma suas responsabilidades. Este ato, de fato faz com que cresçamos como pessoas, e médiuns, pois,  ao assumir seus erros sem culpa e sem raiva, entendendo que somos humanos e não perfeitos, o amadurecimento espiritual vem fácil. Tudo que acontece na sua vida é fruto de uma ação sua, ou seja, pare de jogar a culpa nos outros. Para de se justificar e aceite o erro e aprenda com ele. O amadurecimento da consciência faz com que sua mediunidade floresça aos olhos de Oxalá.

         Cinco foram os motivos escritos aqui, mas ainda muito mais poderiam ser escritos, pois o Umbandista deve se conscientizar que o desenvolvimento da sua mediunidade depende muito do seu desenvolvimento consciente como pessoa, como ser humano. Sua mediunidade só será forte, verdadeira e integra se seu caráter for de verdade e não uma máscara mostrada para a sociedade.



         Fonte http://conversaentreadeptus.com/

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cruzeiro das Almas





Isso da azar? Chama a morte?

PAI OBALUAYÊ, Orixá da transmutação cujo nome significa (REI SENHOR DAS TERRAS) e com base nos muitos mistérios deste grande e amoroso Orixá abordaremos um tema pouco compreendido dentro da Umbanda o CRUZEIRO DAS ALMAS.

Geralmente encontrado dentro dos cemitérios que na Umbanda conhecemos como CAMPO SANTO ou ainda CALUNGA PEQUENA (Espaço Sagrado), o CRUZEIRO DAS ALMAS ficou conhecido como ponto de referência para que velas sejam acesas em lembrança e homenagem das pessoas que ali foram enterradas em um ritual para que suas almas sejam levadas a DEUS. Deixamos claro aqui que não levantamos em hipótese alguma criticas para os irmãos de outras denominações religiosas que lá se dirigem no Cruzeiro (termo mais conhecido e usado) tomando o fato citado acima somente como exemplo.

Infelizmente também presenciamos em determinados cruzeiros trabalhos de ordem negativa que fogem do conhecimento de quem o fez do sentido religioso que este ponto de forças tem dentro da Umbanda e ainda vale lembrar que em outras situações encontramos sujeira que também é um fator de desrespeito para com Obaluayê e para com os que lá se dirigem.

Um CRUZEIRO DAS ALMAS é uma passagem, ou ainda, um portal onde o espírito passa de um plano vibratório para outro e o Orixá que rege este campo de ação é Obaluayê, mas o cruzeiro serve somente para isso? Podemos interpretar "plano vibratório" como campo de energias, isso pode se aplicar a diversas situações que estejamos passando em nossas vidas como por exemplo: Uma doença física, emocional, uma obsessão complexa ou mesmo simples, magoas, ódios, rancores e todo sentimento de ordem negativa e quando falamos em TRANSMUTAÇÃO nos referimos também a modificação de vibração que nos problemas citados acima seria o oposto ou seja o lado positivo.

Se nos referimos a "planos" podemos ainda simplificar por "passagens" para que de forma simples nos tornemos mais compreendidos que da o título muito conhecido de Pai Obaluayê como também "SENHOR DAS PASSAGENS".

Direcionamo-nos agora para uma casa, centro, tenda de Umbanda onde encontramos nos terreiro sempre um "cantinho" das almas" ou o CRUZEIRO DAS ALMAS. Muitas vezes um determinado guia nos da uma vela branca e nos pede para firmá-la no mesmo, logo interpretamos que estamos com eguns, quiumbas ou algum sofredor, mas nos esquecemos que tal qual no campo santo, ali também é um ponto natural e sagrado de Obaluayê e muitas vezes a "vela" não é para os outros, mas sim para nós mesmos, para podermos com a ajuda do Pai Transmutarmos algo de ruim ainda que não estamos conseguindo sozinhos resolver dentro de nós. Lembramos ainda que o Cruzeiro de um centro tem a função de proteger também a casa de ataques de seres infelizes vampiros espirituais, etc. Como no campo santo é feito.

Como podem ver nada tem a ver um cruzeiro das almas com azar ou chamamentos da morte, isso é fruto de crendices populares e gente infelizmente ainda mal informada dentro e fora da Umbanda. Além de um campo de proteção para a casa, ali ficam direcionadas as forças do Orixá Obaluayê, para que de forma sagrada e ritualística elas possam ser evocadas.

Atoto Meu Pai Obaluayê!

Por Géro Maita

Umbanda é Fundamentada no Evangelho de Jesus Cristo


A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís (Editora Conhecimento)