DESDOBRAMENTO
Desdobramento é a
capacidade que todo o ser humano possui de projetar a consciência para fora do
corpo, utilizando-se dos corpos sutis de manifestação.
Wagner
Borges – Viagem Espiritual II
Veículos de
manifestação
É importante
compreender que o espírito possui diversos corpos de manifestação que se
interpenetram e coexistem em freqüências vibratórias diferentes.
Para melhor
compreensão do assunto abordado no presente trabalho dividiremos esses veículos
de manifestação da seguinte maneira:
1. Corpo Mental;
2. Corpo Astral;
3. Corpo Físico.
O desdobramento pode
ocorrer durante o sono, no transe, na síncope, no desmaio, ou sob a influência
de anestésicos.
Corpo
Astral:
Sendo um corpo
energético, com uma capacidade de plasmagem de formas em sua estrutura, o corpo
astral pode se apresentar ocasionalmente durante o desdobramento com
configurações não antropomórficas como: bola de luz, forma vaporosa, formato
semi-humanóide etc.
Isso ocorre porque temos como
plasmador do corpo astral o nosso próprio pensamento, e como as células
astralinas são dotadas de maior aceleração e sutileza, são mais vulneráveis aos
pulsos mentais que regem a sua forma.
Desdobramento
natural ou provocada:
No desdobramento
natural a pessoa desloca-se do corpo sem o concurso da vontade e não compreende
como isso aconteceu.
No desdobramento
provocado a pessoa tenta sair do corpo pela vontade e consegue.
O cordão de Prata:
O corpo astral é
ligado ao corpo físico por um apêndice energético, conhecido como cordão de
prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico,
abandonado durante a projeção e também são transmitidas energias do corpo
físico para o corpo astral, criando um circuito energético de ida e volta.
Enquanto os dois
corpos estão próximos, o cordão é como um cabo grosso. A medida que o corpo
astral se afasta das imediações do corpo físico, o cordão torna-se cada vez
mais sutil.
O vigor e a
elasticidade do cordão de prata são incalculáveis. Por meio deste cordão, é
possível afirmar que o ser desdobrado jamais se perderá do seu corpo físico;
também não há possibilidade do ser optar por não voltar mais para o corpo
físico. Para voltar basta pensar firmemente no seu corpo físico e o retorno se
dará automaticamente. O cordão de prata possui uma espécie de automatismo
subconsciente que funciona independente da vontade do ser e atrai o corpo
astral de volta para o corpo físico.
No caso de surgir
alguma perturbação física, durante o desdobramento, o corpo astral será
imediatamente atraído pelo cordão de prata para dentro dele. Daí vem muitas
vezes a sensação de queda e o despertar assustado no corpo físico.
Não se trata de uma corda de luz, mas
sim um feixe de energia de alta densidade.
O cordão de prata não
pode ser cortado, por um simples motivo, ele não é uma corda, é energia, não da
nó, não enrola e muito menos emaranha em coisa alguma.
O cordão de prata é uma série de
filamentos energéticos que se juntam numa só conexão.
Diâmetro: de 3 a 15
cm de distância, 5 cm de espessura; de 10 m em diante: fio luminoso.
Elasticidade:
Infinita.
Cor: Quando muito
denso: verde, azul ou alaranjado. Quando mais sutil: branco-acinzentado, branco
prateado ou dourado.
Vigor da cúpula:
Variável de acordo com a saúde de quem se desdobra.
Aviso admonitório:
Forte tração (Repulsão) do cordão de prata, alertando o ser desdobrado de que
está no momento de retornar ao corpo físico.
O principal filamento energético
do cordão de prata está situado na cabeça, onde se liga internamente na fossa
rombóide.
Vejamos o que diz
André Luiz na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
- “...Por um fio
tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda
do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando inalterável ao
centro emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta de todo
impróprio para o fenômeno que estudamos no campo da inteligência.”
Ponto
de ligação do cordão de prata nos corpos:
Os principais
filamentos energéticos são aqueles que partem da área da cabeça, através dos
chácras coronário e frontal e a partir da fossa rombóide segundo André Luiz em
“Evolução em dois mundos – pag. 167”, no interior do crânio. Na parte
desdobrada, o cordão de prata se liga na parte posterior da cabeça astral.
Catalepsia Astral
Às vezes, a pessoa
pode sentir uma paralisia dos veículos de manifestação, principalmente dentro
da faixa de atividade do cordão de prata, chama-se catalepsia astral. Não deve
ser confundida com catalepsia patológica que é uma doença rara.
Obs. É importante saber que o
desdobramento é uma capacidade inerente a todos os seres, encarnados e
desencarnados.
Ética
A pessoa que se
propõe a desdobrar-se conscientemente deverá estar bem intencionada, sabendo o
que irá fazer com as informações que obtiver a respeito do desdobramento,
usando-as com discernimento e coerência para crescer espiritualmente e ajudar
os outros. Conhecimento implica em responsabilidade e sair do corpo não é
brincadeira, nem turismo extra-físico.
O desejo sincero de
adquirir conhecimento fora do corpo e o desejo de prestar assistência
extra-física que pode ser ministrado para doentes encarnados e desencarnados
deve ser o nosso norte no desenvolvimento desta faculdade.
Se a intenção da
pessoa for aprender fora do corpo ou ajudar o próximo terá a ajuda de espíritos
amigos durante a experiência.
Intenções negativas
atrairá espíritos densos, também com intenções negativas, que o perturbarão.
Diante do mundo
espiritual e das consciências desencarnadas, o ser não conseguirá esconder de
ninguém o que ele é e o que pensa. O corpo astral é um veículo de manifestação
que reflete o que a consciência é realmente.
O que cada um deve
almejar com toda força é o enriquecimento íntimo e o fortalecimento do amor por
todas as criaturas.
Três posturas que
devem ser observadas por quem deseje desdobrar-se são: Humildade, respeito e
consideração por aqueles que o assistem.
Sintomas do
desdobramento
Muitas pessoas, ao
adormecer, tem a sensação de estar “Escorregando” ou caindo em um buraco e
despertam sobressaltadas. Isso acontece devido a um deslocamento do corpo
astral dentro do corpo físico. Conforme a ilustração a seguir:
Estado Vibracional
São vibrações
intensas que percorrem o corpo astral e o físico antes do desdobramento. O
estado vibracional pode produzir uma espécie de zumbido ou ruído estridente que
incomoda a pessoa.
Ballonnement
A pessoa tem a
impressão de que seu corpo está inflando como um balão.
Oscilação
Astral
É quando o corpo
astral flutua acima do corpo físico sem controle de um lado para o outro.
Ruídos
intracranianos
Podem ser percebidos
pela pessoa como estalidos, como zumbido estridente ou como uma espécie de
“click” energético bem no centro da cabeça. (Pineal)
O corpo astral flutuando no ar,
acima do corpo físico. Envolvendo os dois corpos, e interpenetrando-os, está a
faixa de atividade do cordão de prata.
O corpo físico sofre
uma ligeira queda de atividade e os liames energéticos que prendem o corpo
astral nele, afrouxam-se temporariamente, ejetando-o, então, para a vivência
extracorpórea.
Benefícios
do Desdobramento
Nas horas em que o
corpo físico está adormecido, o ser desdobrado pode observar, trabalhar,
participar e aprender fora do corpo.
Constatar, através da
experiência pessoal, a realidade do mundo espiritual, prestar assistência
extra-física, através da exteriorização de energias fora do corpo para doentes
encarnados e desencarnados, a desobsessão extra-física e encontrar pessoas
amadas.
A assistência extrafísica a
enfermos físicos e extra físicos é uma das grandes utilidades do desdobramento.
Vejamos o que diz
André Luiz a respeito da assistência no mundo espiritual dos seres desdobrados
na obra “Mecanismos da Mediunidade”.
“...efetuam incursões
nos planos do espírito, transformando-se muitas vezes, em preciosos
instrumentos dos Bem Feitores da espiritualidade, como oficiais de ligação
entre a esfera física e a esfera extra física.”
Desdobramento
e objetivos Mentais
Carregamos para fora
do corpo físico os últimos pensamentos e desejos que manifestávamos nos
momentos que antecederam nossa entrada no sono, por isso a importância de
mantermos pensamentos elevados antes de deitar e ter em mente objetivos
espirituais sadios, porque devemos sempre lembrar da lei de afinidade
espiritual.
Desdobramento
na Bíblia
Na bíblia existem
várias referências simbólicas sobre desdobramento:
- Ezequiel: cap. 3,
vers. 14: "Então o espírito me levantou e me levou; e eu fui muito triste,
no ardor do meu espírito..."
- Apocalipse: cap. 1,
vers. 10: "Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor..."
- São Paulo; Segunda
Epístola aos Coríntios: cap. 12, vers. 2 à 6: "Conheço um homem em Cristo
que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu, e sei que o tal homem
foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao
homem referir."
Desdobramento
e responsabilidade
É inviável e
desaconselhável a prática do desdobramento sem o conhecimento do processo de
saída do corpo físico, bem como sem o estudo prévio dos habitantes e situações
extra físicas e das leis sutis regentes em todas as dimensões. Como por
exemplo, o carma e a sempre lembrada Lei: “Semelhante atrai semelhante”. É
necessário estudo paralelo da teoria e da prática, unindo inteligência,
sentimento, intuição, ética, disciplina, responsabilidade e maturidade.
É muito importante
lembrar que um dos principais objetivos do desdobramento é prestação de
assistência extra física.
O desdobramento não
deve ser encarado como fuga dos problemas da vida.
Euforia
Extra-física
Muitas vezes, por
falta de experiência durante o desdobramento, é gerada forte atividade
emocional. O estímulo emocional gera uma descarga energética que acaba fluindo
pelo cordão de prata para o corpo físico, e, por repercussão vibratória, acelera
os batimentos cardíacos, gerando dessa maneira, atividade fisiológica
correspondente à vigília física. Esta reação que é gerada em fração de segundo,
faz com que o cordão de prata puxe, rapidamente, o corpo astral para dentro do
corpo físico.
Desdobramento
assistido
Durante todo o
desdobramento os guias estão presentes, assistindo e orientando o ser
desdobrado, mesmo que não possa ser percebido. Na maioria das vezes estão
intangíveis.
Mesmo que o ser
desdobrado não os perceba, devido as suas energias demasiado sutis, eles estão
lá, observando e conduzindo-o sutilmente. Praticamente não há desdobramento
sozinho, já que os orientadores estarão observando o ser desdobrado onde quer
que seja.
Desdobramento
do corpo mental
O corpo mental é o
veículo no qual a consciência se manifesta no plano mental, o corpo mental
interpenetra o corpo astral. O meio de comunicação nesse plano é pensamento a
pensamento.
O corpo mental é
ligado ao corpo astral através de um conduto energético bastante sutil
denominado “Cordão de ouro”.
O desdobramento
mental ocorre quando o corpo mental se projeta para fora da cabeça astral
diretamente para o plano mental, isso pode acontecer de duas maneiras.
1) O corpo mental se
desdobra em um só estágio, deixando o corpo astral no interior do corpo físico.
2) O corpo mental se
desdobra em dois estágios: no primeiro, se desdobra com o corpo astral para
fora do corpo físico, no segundo, se desdobra para fora do corpo astral, deixando-o
flutuando nas proximidades do corpo físico ou em alguma dimensão do plano
astral.
O corpo mental (sem forma
antropomórfica) desdobrando-se para fora da cabeça astral do corpo astral que,
por sua vez, flutua no ar, acima do corpo físico.
Características
básicas de candidatos a Desdobramento
Para que a
experiência fora do corpo se torne sadia e de grande relevância para a evolução
do ser, é necessário, para quem se candidate a esta tarefa, almejar certas
qualidades, atitudes para que aquilo que pode ser um bem não se torne motivo de
queda.
O candidato ao
desdobramento deve ser portador de uma vontade inquebrantável, pois não existe
nenhuma forma de evolução espiritual baseada na preguiça; é necessário que a
idéia de se desdobrar seja um pensamento diário, um hábito.
É muito importante
compreender que desdobramento não é turismo extra físico nem brincadeira para
espiritualistas ociosos e irresponsáveis.
A coerência mostra-se
como fator decisivo para o bom aproveitamento da experiência, necessária
coerência no cotidiano. Alguém incoerente na vida física, também será
incoerente na experiência extra-física.
Altruísmo; porque
vale mais um materialista altruísta do que um alguém que se desdobra no mundo
extra-físico e é egoísta.
Ter prioridades. Pois
muitos querem desenvolver suas potencialidades espirituais, mas estão mais
interessados no desfecho de sua novela predileta, no que aconteceu com o carro
do vizinho do que com o desenvolvimento da própria consciência.
Conhecimento sobre o
assunto, leitura freqüente de livros a respeito do assunto, procurando penetrar
o, tanto quanto possível, nas questões técnicas e morais que envolvem o
assunto, visando o aprimoramento da faculdade.
Ética, sempre
fundamentada nos ensinamentos do mestre Jesus.
Equilíbrio emocional.
Quanto maior for seu equilíbrio emocional na vida física, maior será sua lucidez
fora do corpo.
Persistência.
Honestidade consigo
mesmo, com suas convicções; É importante responder à seguinte pergunta:
Qual é o real
objetivo ao tentar desdobrar-se conscientemente para fora do corpo físico? A
resposta para esta pergunta encerra em si mesmo a chave para o êxito ou o
fracasso no desdobramento.
Objetividade; nunca
desistir dos objetivos espirituais.
Higiene física e
mental. Diz um velho ditado chinês: “Um corpo sujo sempre abriga uma alma
imunda”; e um outro: “Uma mente suja sempre abriga pensamentos imundos”.
Paciência!!!
Respeito por todas as
criaturas. Não estamos acima de ninguém, os irmãos que se encontram na esfera
extra-física, em situação desfavorável, são nossos irmãos em Deus e merecem
todo o nosso carinho e amparo. O segredo para se ter uma experiência
extracorpórea saudável durante o sono é sempre estar munido da força básica e
poderosa do universo que é o amor.
Ter uma vida lúcida.
Com relação a
aquisição de conhecimento para esta tarefa vamos observar o que diz André Luiz
em “Mecanismos da Mediunidade”.
“Cumpre destacar,
entretanto, a importância do estudo para quantos se vejam chamados a semelhante
gênero de serviço, porque segundo a lei do campo mental, cada espírito somente
logrará chegar, do ponto de vista da compreensão necessária, até onde se lhe
paire o discernimento”.
Podemos observar a
partir das palavras de André Luiz que os vôos da alma estão delimitados pela
sua compreensão. É da lei também que não haja desperdício na economia cósmica,
portanto não seria correto expor o espírito a paragens das quais não teria
compreensão, e, sendo assim, não tendo aproveitamento algum no caminho
evolutivo do ser.
Rememoração e Lucidez
das experiências vividas:
Algumas pessoas têm uma maior
predisposição para rememorar as experiências fora do corpo. Isso se deve a
cursos pré-reencarnatórios realizados por estes no plano extra-físico, ou até
mesmo em reencarnações anteriores, nos quais desenvolveram seu potencial
anímico mediúnico, através de processos iniciáticos de escolas de esoterismo da
antiguidade, principalmente no antigo Egito e nas antigas academias
espiritualistas da China e da Índia.
Observemos agora as questões
fisiológicas que impedem uma boa rememoração das experiências extra-físicas:
O problema está no
cérebro, nas ligações entre o tálamo que se localiza na parte posterior do
cérebro e as regiões corticais.
O tálamo é o ponto que permite que a
criatura conscientize as sensações recebidas pelo córtex, de modo que é responsável
pela conscientização dos fatos; recebe os pulsos nervosos do córtex e
transmite-os a consciência da criatura, podendo porém ser isolado, para que não
atinja a consciência. Durante o sono essa ligação entre o tálamo e as regiões
corticais é isolada, o que impede que tenhamos a rememoração perfeita dos fatos
ocorridos durante o sono.
Vejamos o que diz a
respeito Carlos Torres Pastorino na obra “Técnica da Mediunidade”.
“Se o corpo astral se
afasta do corpo físico, vive sua própria vida independente, se o que vive se
comunica ao tálamo, este pode comunicá-lo, ao despertar, ao córtex, e a pessoa
se recorda do que viveu realmente.”
Além do que já foi
citado, podemos ainda observar o quesito autorização, que se obtém ou não das
esferas superiores para rememoração dos fatos ocorridos nos planos
extra-físicos, levando em consideração a repercussão que isso terá na vida da
pessoa. Auxiliará ou prejudicará o processo evolutivo em curso?
Destino do ser
desdobrado
Em primeiro lugar é
necessário possuir um corpo astral adequado, que por ser o corpo emocional, é
quase desnecessário dizer que o bom funcionamento deste corpo depende do nosso
equilíbrio emocional. Isso só ocorre quando mantemos este veículo limpo ou seja,
sem plaquetas emocionais densas, abastecido de grande capacidade energética.
Um corpo astral em
péssimo estado pode trazer riscos a integridade espiritual pois, estando em
desequilíbrio, será atraído por correspondência de freqüência (sintonia) para o
plano extra físico denso (Umbral), o que pode acarretar em perda de energia e
(ou) trauma emocional.
É sempre bom lembrar
que um corpo astral em situação X será atraído para uma dimensão X
correspondente.
Portanto, é
imprescindível uma avaliação do contexto emocional-energético e, dentro do
possível, descobrir os pontos fracos e ajustá-los, equilibrá-los.
Vejamos o que diz a
esse respeito o espírito André Luiz na obra “Evolução em dois mundos”.
- “Durante o sono, a
mente suscetível a influenciação dos desencarnados, que evoluídos ou não, lhe
visitam o ser, atraídos pelos quadros que se lhe filtram da aura,
ofertando-lhes auxílio eficiente quando se mostre inclinada a ascensão de ordem
moral, ou sugando-lhe as energias e assoprando-lhe sugestões infelizes quando,
pela própria ociosidade ou intenção maligna, adere ao consórcio psíquico de
espécie aviltante, que lhe favorece a estagnação na preguiça ou a envolve nas
obsessões viciosas pelas quais se entregam a temíveis contratos com as forças
sombrias.”
- “O corpo espiritual
acompanha, de inicio, o impulso da corrente mental que por ele extravasa”.
E o mesmo autor na
obra “Mecanismos da Mediunidade”
“...Nesse estágio
evolutivo permanecem milhões de pessoas – representando a faixa de evolução
mediana da Humanidade, rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose
natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do
indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhe revelam afins, tanto
na ação construtiva do bem, quanto na ação deletéria do mal,
entretecendo-se-lhes o caminho da experiência que lhes é necessário a
sublimação no porvir.”
E logo em seguida,
“Desdobrando-se, no
sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procurando
automaticamente, fora do corpo de carne, os objetivos que se casam com o seus
interesses evidentes ou escusos.”
Desdobramento e
música
Existem alguns tipos
de músicas, que também são utilizadas para relaxamento, que induzem o cérebro a
produzir ondas alfa, que estão relacionadas com o relaxamento e a criatividade
(intelectual, artística ou espiritual) da pessoa e que, em alguns casos, pode
facilitar o desdobramento, pois favorecem a soltura energética dos veículos de
manifestação.
Desdobramento e
Alimentação:
Baseado em pesquisas
realizadas a este respeito e à própria experiência, o fato da pessoa comer
determinado tipo de alimento não determina maior facilidade ou dificuldade para
desdobrar-se.
Por exemplo, não seria correto afirmar
que uma pessoa que não come carne vermelha terá maior facilidade de
desdobrar-se, ao passo que uma pessoa, que nutre-se de carne vermelha, terá
maior dificuldade para desdobrar-se.
A minha alimentação
contém carne vermelha e derivados, nem por isso deixei de vivenciar
experiências extracorpóreas com lucidez.
Devemos prestar
atenção no que vamos ingerir, algumas horas antes do sono físico. Isso sim pode
fazer a diferença.
Não é recomendado alimentar-se duas
horas antes de deitar, pois qualquer alimento seja carne ou arroz, ou feijão,
provocará atividade digestiva e isso sim pode ser um empecilho para quem deseja
desdobrar-se, pois o corpo, em atividade digestiva ou qualquer outro tipo de
atividade, dificulta o afrouxamento dos liames energéticos que o prendem aos
corpos sutis.
Desdobramento e drogas
Há muitos pacientes
que tiveram experiências fora do corpo, durante uma intervenção cirúrgica. Há
muitos relatos em livros especializados no assunto. A ação do anestésico faz
com que o metabolismo do corpo caia provocando o deslocamento do corpo astral.
Drogas como a
maconha, cocaína, heroína, o haxixe, o crack, o LSD entre outras drogas
pesadas, também podem provocar desdobramentos. Mas, nesta modalidade, há o
agravante de que espíritos desencarnados doentes, viciados na energia dessas
drogas, se aproximarão dessa pessoa desdobrada (por sintonia energética) com a
finalidade de vampirizá-la.
Importante frisar
também que aqueles que pretendem desdobrar-se não abusem da utilização de
alcoólicos, pois há muitos alcoólatras desencarnados os esperando para transformá-los
em taças vivas!
“Todo o exagero,
físico ou espiritual leva ao desequilíbrio da alma”
Assistência
extrafísica:
O valor da
consciência está claramente delineado no serviço desinteressado que se possa
prestar à coletividade física e extra física.
Mediante processos
específicos de transmissão de energia, os trabalhadores extra físicos usam o
ser desdobrado como doador de energia para pessoa enferma (na maioria das vezes
já desencarnadas e sem se aperceberem disso).
Os enfermos desencarnados,
muitos deles portam no corpo espiritual energias densas, oriundas de
desequilíbrios variados, na existência terrestre. Além disso, como o corpo
astral reflete fielmente o que a consciência pensa e sente, as formas mentais
engendradas pelo pensamento negativo aderem a sua aura, gerando com isso sérios
bloqueios espirituais que mantém a entidade agregada vibratoriamente aos níveis
extra físicos mais densos, ou como, acontece comumente, no campo energético da
própria crosta terrestre.
Mediante a isto, os
trabalhadores espirituais utilizam as energias da pessoa desdobrada, pois estas
também manifestam, na maioria das vezes, energias densas que são compatíveis
com as energias dos enfermos extra físicos. Então os trabalhadores espirituais
utilizam as energias densas do cordão de prata do projetor e de seu duplo
Etérico ligado ao corpo.
Vejamos mais uma vez
o que diz a esse respeito André Luiz na obra “No mundo maior”.
- “A libertação pelo
sono é o recurso imediato de amparo fraterno. A princípio, recebem-nos a
influência inconscientemente; em seguida porém, fortalecem a mente,
devagarinho, gravando-nos no concurso da memória, apresentando idéias, alvitres
sugestões, pareceres e inspirações beneficientes e salvadoras, através de
recordações imprecisas”.
E mediante a isso
André Luiz comenta a respeito da oportunidade que significa ter essa faculdade
desenvolvida:
“Milhões de homens e
mulheres a dormir em cidades próximas, algemados aos interesses imediatos e
ansiando a permuta das mais vis sensações, nem de longe suspeitariam a
existência daquela original aglomeração de candidatos a luz íntima, convocados
a preparação intensiva para incursões mais longas e eficientes na
espiritualidade superior. Teriam noção do sublime ensejo que lhes aprazia?
Aproveitariam a dádiva com suficiente compreensão dos valores eternos?
Marchariam desassombrados para frente, ou estacionariam ao contato dos
primeiros óbices, no esforço iluminativo?”
“Enquanto vossa
orgnização fisiológica repousa a distância, exercitando-se para morte, vossas
almas quase libertas partilham conosco a fraternidade e a esperança, adestrando
faculdades e sentimentos para a verdadeira vida”.
Mediante a pesquisa
realizada, é possível observar que o Desdobramento, mais do que qualquer outra
coisa, é uma oportunidade de nos melhorarmos e servirmos ao bem, beneficiando
todos os necessitados nas zonas física e extra-física, conforme a capacidade de
quem esteja na tarefa em curso.
É impossível não
perceber que a utilização desta faculdade, bem como de todas as outras que o
Pai nos concede, deve ser administrada com extremo bom senso, afim de que a
oportunidade não se torne motivo de queda, sempre tendo como base das nossas
ações o ensinamento do magnânimo MESTRE, “amai-vos uns aos outros como EU vos
amei”. Ou seja, amar incondicionalmente, de forma que possamos sublimar tudo o
que nos foi dado, até mesmo porque Ele também deixa a advertência. “Aquele que
não tem, até o que pensa ter lhe será tirado”. Portanto, devemos ter as nossas
mentes em qualquer circunstância, sempre voltadas para o bem de todos sem
exceção.
O desdobramento exige
prudência, pois nos coloca diretamente em contato com o mundo dos espíritos,
onde não há máscaras, e ninguém poderá transgredir a Lei de afinidade
espiritual, assim, aquele que se candidatar ao desenvolvimento desta faculdade
necessita primeiramente observar-se, melhorar-se, corrigir-se o melhor
possível, para não tornar o que poderia ser imensamente produtivo em um oceano
de desacertos.
O Mestre também
disse. “Aquele que faz a vontade do meu Pai é meu irmão”. Estejamos sempre
orientados para o bem que permitirá que sempre sejamos amparados pelo Mestre.
O conhecimento nada
pode perto de tudo que o AMOR pode!
Porque, quando um
irmão está no cume da dor, do remorso, do flagelo, nenhuma técnica, nenhuma
faculdade, nada é mais poderoso e eficaz do que o AMOR que JESUS nos ensinou.
Pesquisa
realizada por Leandro Brancher de Oliveira
Obras
consultadas:
1.
André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Nos domínios da Mediunidade), FEB.
2.
André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Mecanismos da Mediunidade), FEB.
3.
André Luiz – Francisco Candido Xavier (No Mundo Maior), FEB.
4.
André Luiz – Francisco Cândido Xavier (Evolução em dois Mundos), FEB.
5.
Carlos Torres Pastorino (Técnica da Mediunidade).
6.
Wagner Borges, (Viagem espiritual II).
7.
A Bíblia Sagrada, Edição Pastoral.
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